A investigação, muito actual na presente conjuntura, tem como base 145 países no período 1960-2007 e analisa o impacto da redução de despesa pública versus o aumento de receita fiscal como alternativas de ataque aos défices orçamentais.
Os resultados sugerem que o aumento do consumo público afecta o consumo e o investimento privados de forma substancialmente negativa: o aumento de 1 por cento no peso do consumo público no PIB reduz, cumulativamente, o consumo e o investimento privados em 1.9 e 1.8 por cento, respectivamente. Assim, embora o aumento do consumo público possa, eventualmente, ajudar a atenuar os efeitos negativos de uma crise económica no curto-prazo, o mesmo compromete seriamente o crescimento económico numa perspectiva de longo-prazo. Neste sentido, o esforço de redução do défice orçamental deve centrar-se no combate à despesa. A evidência empírica sugere que estes efeitos não dependem da fase do ciclo económico, embora variem consideravelmente entre regiões.
Ricardo Sousa é licenciado e mestre em Economia pela UMinho, doutorado na London School of Economics e, desde 2008, professor na Escola de Economia e Gestão da UMinho. Colaborou diversas vezes com o Banco Central Europeu e o Banco de Portugal. A ?The Economist? é considerada a revista/jornal de informação económica mais influente do mundo e pratica um jornalismo cívico."
A referida
publicação na "The Economist" segue em anexo. O artigo pode ser
consultado na íntegra em http://www3.eeg.uminho.pt/
Mais informações
Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho
Prof. Ricardo Sousa - 253601936, rjsousa@eeg.uminho.pt
The Economist.pdf(Pub. Nov/2010)