O principal objectivo é explorar o poder computacional de equipamentos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas deste universo populacional, nomeadamente do conjunto Set-Top Box e Televisor, para facilitar o acesso a produtos e serviços e promover alguns aspectos de inclusão social.
O Centro de Computação Gráfica (CCG) integra um consórcio Europeu responsável pelo desenvolvimento do projecto GUIDE, acrónimo para ?Gentle User Interfaces for Disabled and Elderly Citizens?, o qual foi iniciado no passado mês de Fevereiro. Co-financiado pelo sétimo programa quadro da Comissão Europeia, a partir de uma candidatura à chamada de propostas para o objectivo ?Accessible and Assistive ICT (ICT-2009-7.2)?, este projecto é liderado pelo Fraunhofer IGD (Alemanha) e conta ainda com a participação de importantes parceiros europeus, nomeadamente a Universidade de Cambridge (Reino Unido), a Thomson R&D (França), a Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Portugal), a Vsonix GmbH (Alemanha) e a Fundacion Instituto Gerontológico Matia ? INGEMA (Espanha).
A proposta contratualizada com a Comissão Europeia prevê o desenvolvimento de um conjunto de estudos e ferramentas para facilitar a implementação de interfaces com o utilizador, altamente adaptáveis e multimodais, e que incorporem os requisitos de acessibilidades no uso de set-top boxes e TV como plataforma de processamento e de comunicação, orientadas para pessoas idosas no seu ambiente familiar. ?Na posse do software, hardware e documentação que será desenvolvida, os produtores de tecnologia de informação e comunicação estarão em posição de mais facilmente implementar aplicações de verdadeira acessibilidade, usando as tecnologias mais recentes em termos de interface com o utilizador, com tempo e risco de desenvolvimento reduzidos e custos mais baixos?, refere Luís Almeida, gestor do projecto por parte do CCG.
De facto, o envelhecimento e as acessibilidades são dois aspectos que estão intimamente relacionados em muitos contextos, incluindo a interacção com computadores. Por exemplo, estatisticamente cerca de 50% das pessoas idosas sofrem de algum tipo de problema, como sejam disfunções motoras, o que impõe vários problemas e desafios em termos de interacção social. Pensando nestes potenciais utilizadores, as denominadas tecnologias de informação e comunicação acessíveis podem fazer toda a diferença em termos de qualidade de vida, comparativamente a outros universos de utilizadores: elas capacitam e simplificam a participação e inclusão nas comunidades sociais e profissionais que as rodeiam.
Em anexo
- Informações detalhadas sobre o projecto
- Imagem com exemplos de avatares que acompanham o interface das aplicações comunicando com o utilizador
Contactos
Luis Almeida
Tel.: 239790380
Email: luis.almeida@ccg.pt
Site: www.ccg.pt
(Pub. Abr./2010)