Resumo:
Desde a ocorrência
da primeira mutação numa célula estaminal hematopoiética (do
sangue) até ao diagnóstico da leucemia mieloide crónica (CML)
decorre um intervalo de aproximadamente 5 anos. Durante este
tempo, o enorme potencial de amplificação celular que ocorre na
medula óssea dá origem a um verdadeiro tsunami de células
cancerígenas e, tal como na maioria dos cancros, uma grande parte
dos problemas associados a esta doença decorrem desta falta de
regulação na divisão celular da células cancerígenas. Nesta
palestra explicarei porque se gera um tsunami e quais as suas
características. Uma vez compreendido o problema
(matematicamente), mostrarei ainda como a matemática nos permite
perceber qual a melhor forma de circunscrever este "tsunami" e
evitar o desenvolvimento da CML. Neste cenário, torna-se possível
não só compreender de que forma as terapias mais recentes (e
muito bem sucedidas) actuam na atenuação da CML, mas até perceber
que, na realidade, mais do que atenuar, estas terapias podem
mesmo curar a doença, dado que a população de células estaminais
cancerígenas é extinta por aquele processo que tão bem conhecemos
e que tem o dom da ubiquidade: a selecção natural descoberta por
Charles Darwin.
Entrevista do Prof. Jorge M.
Pacheco na Porto Canal sobre leucemia mielóide
crónica(10/03/2010)
Contactos:
NEBAUM
E-mail:nebaum@gmail.com
Departamento de Matemática e Aplicações
Prof. Jorge Pacheco
Telf.: 253604340
E-mail:jmpacheco@math.uminho.pt
(Pub. Mar/2010)