"Actualidade de Proudhon - No bicentenário do seu nascimento"
Anfiteatro B2, Complexo Pedagógico II, Campus de Gualtar
O Centro de Estudos Lusíadas e o Departamento de Filosofia do Instituto de Letras e Ciências Humanas da Universidade do Minho programaram, em parceria, para o dia 30 de Outubro de 2009, com início às 9h30, um colóquio subordinado ao tema «Actualidade de Proudhon ? no bicentenário do seu nascimento». Decorrerá no Campus de Gualtar, no anfiteatro B2. A entrada é livre.
Do programa do Colóquio, que se realiza na Universidade do Minho,
constam alguns dos grandes temas do ideário filosófico
proudhoniano: o tema nuclear do Federalismo, de que Proudhon é uma
das referências maiores; o tema do Anarquismo, do Anarquismo
positivo, de que Proudhon é o «patriarca» ou «pai fundador»; o tema
da Classe Operária, a quem Proudhon deixou em testamento a obra que
ditou, no leito da morte, Capacidade política das classes
trabalhadoras (1865); o tema da Justiça, a ideia suprema e
reguladora do sistema proudhoniano, que palpita em toda a sua obra,
nomeadamente na suma, em três volumes, A Justiça na Revolução e na
Igreja (1858), esgotada em poucos dias, que lhe valeu uma acção
judicial e a condenação um ano de prisão e 4.000 francos de multa;
o tema fracturante das duas referidas versões maiores do ideário
socialista ? Marx vs Proudhon; o tema da Filosofia do Direito
Social ou do princípio jusfilosófico da «mutualidade de serviços»,
de matriz proudhoniana, e que deu origem à «Questão Coimbrã da
Filosofia do Direito»; o tema da Filosofia da Arte realista, cuja
referência maior é a obra proudhoniana Princípio da arte e da sua
natureza social (1865), cujo eco ressoou na «Questão Coimbrã»
(1865) e nas «Conferências do Casino» (1871). Importa recordar que
se celebra o bicentenário do, por muitos considerado, pensador
socialista francês mais importante do século XIX, em tempo de
Globalização económica e de crise do sistema financeiro mundial, de
que a especulação bolsista é uma das cruciais variáveis,
impondo-se, por isso, reler a obra deste pensador, Manual do
Especulador da Bolsa (1857), em que é escalpelizada a categoria
económica da «Especulação». O professor Joaquim de Carvalho, figura
cimeira da Cultura Portuguesa, reconheceu e declarou Proudhon como
um dos dois mestres, a par de Comte, que «orientaram a inquietude»
da geração de Antero, Eça e Oliveira Martins. Em síntese, o
Colóquio procurará mostrar as linhas fundamentais do pensamento de
Proudhon, assim como a sua recepção e grande projecção em Portugal.