Decorreu no Salão Nobre da Reitoria da UMinho, na passada segunda-feira, 18 de Maio a Sessão Pública de Apresentação do Conselho Geral da Universidade do Minho, na sua composição completa. Nesta sessão foram investidos os membros cooptados e apresentado o Presidente do Conselho Geral eleito entre os seis elementos externos, Luís Braga da Cruz.
A apresentação pública do Conselho Geral é o culminar de um longo
processo vivido na Universidade, na sequência da implementação da
nova lei do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.
Nesta apresentação à comunidade académica, e ao público em geral,
intervieram, o Reitor da UMinho e do Presidente do Conselho
Geral.
No seu discurso, Guimarães Rodrigues, começou por felicitar
os membros eleitos para o Conselho Geral "pela forma como
conduziram o processo, e pelo equilíbrio que pretenderam atingir
na definição dos perfis dos membros cooptados". Agradecendo
também aos membros cooptados, "pela sua disponibilidade para
participarem activamente na governação da Universidade do Minho".
O reitor da UMinho, falou ainda dos desafios futuros e das
dificuldades que se avizinham, apontando o "subfinanciamento das
instituições de ensino superior" como o "principal factor
limitativo ao cumprimento da sua missão, agravado pelo resultado
discricionário e lesivo de sucessivas e imprevisíveis alterações
ao modelo de financiamento".
As críticas ao poder político foram muitas, o Reitor referiu que
"Os aumentos dos encargos com pessoal, e de outros custos de
funcionamento, impostos externamente, crescem mais rapidamente do
que o possível crescimento de receitas". Neste âmbito afirma que
se prevêem "opções de redução de custos", na procura do
equilíbrio orçamental.
Guimarães Rodrigues, apontou ainda a questão da Autonomia como
algo "determinante" para a UMinho. Algo que segundo ele "não
existe sem o adequado nível de financiamento, e a perda de
autonomia não deve ser a moeda de troca para atingir o nível de
financiamento devido".
No final o Reitor entregou a medalha da Universidade a todos os
membros do Conselho Geral.
Luís Braga da Cruz, dirigiu também algumas palavras aos
presentes, enquanto Presidente deste órgão. Nas suas palavras
Braga da Cruz falou da importância da Universidade na região em
que está inserida e mesmo a nível nacional e internacional, "Pude
acompanhar o progressivo impacto que a Universidade do Minho teve
na região a que territorialmente está mais ligada", que segundo
este se deve "com a consolidação da sua estrutura docente, com a
estabilização das matérias curriculares e, sobretudo, com a
capacidade de produzir saber relevante nas suas escolas".
Para Braga da Cruz, o novo regime jurídico é "inovador e
desafiante para o ensino superior em Portugal", ao qual a UMinho
soube adaptar os seus estatutos, o que segundo este, tanto o novo
regime jurídico, como os estatutos "prevêem um modelo de
governação mais estrito e exigente, no respeito pelos princípios
da autonomia universitária", missão que compete essencialmente
aos órgão de governo, neste caso ao Conselho Geral, órgão máximo
de governo da Universidade, ao conselho de Gestão e ao Reitor,
que tem agora um papel muito reforçado. Para o Presidente tem de
haver uma estreita cooperação e interacção entre os três órgãos
de governo da Universidade e entre estes e os membros externos
cooptados, o que afirma Braga da Cruz "terá toda a nossa
cooperação".

Sobre a continuação do actual reitor à frente do cargo após a
implementação dos novos estatutos que alteraram a sua forma de
eleição, Luís Braga da Cruz disse apenas que Guimarães Rodrigues
"está legitimamente em funções", sendo que o mais importante é
que "possa transmitir todo o conhecimento que tem dos dossiês
para que a transição de faça com toda a serenidade".
Para Junho, Setembro e Novembro estão já agendadas reuniões do
Conselho Geral.
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves