A parceria entre os Serviços de Acção Social da Universidade do Minho (SASUM), e a Braval, que visa a recolha de óleos, pilhas e lâmpadas utilizadas e que resultou numa primeira campanha levada a cabo entre 9 a 12 de Dezembro, é agora para continuar. O objectivo é recolher o maior número possível destes resíduos com o intuito de os reutilizar.
A preocupação persiste e por isso é necessário continuar a
sensibilizar o público mais jovem para as questões relacionadas
com o ambiente. Nada melhor que uma universidade para implementar
hábitos, uns já são independentes, outros estão a tornar-se.
Assim mantêm-se os pilhões junto de todos os bares da
Universidade do Minho, o contentor próprio para lâmpadas no
Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA), no CP2, e os oleões prontos a
serem recolhidos no Departamento Alimentar (DA), junto à entrada
da Cantina, os quais posteriormente devem ser depositados
no contentor com tampa amarela, colocado na esquina do
Restaurante Universitário, em Gualtar.
Até ao momento a iniciativa tem registado uma adesão
significativa e até "surpreendente", nas palavras de Lídia
Parente (Departamento Alimentar). É entre os funcionários e
docentes que se verifica um maior número de aderentes, contudo
entre os alunos verifica-se um aumento da divulgação desta
iniciativa, o que tem conduzido a uma crescente adesão por parte
deste público. Este é um facto "interessante", para Lídia
Parente, uma vez que "nesta faixa etária as pessoas não estão à
partida tão sensibilizadas".
Toda a comunidade universitária se tem mostrado solidária com
esta iniciativa. Em conversa com alunos e funcionários, foi
possível perceber que, apesar de a campanha ainda passar
despercebida para uma parte dos alunos, na generalidade há uma
preocupação em contribuir e participar.
O Sr. Bernardo, do GAA, quando questionado relativamente à adesão
a esta campanha, mostrou-se surpreendido uma vez que "há pessoas
que nem são de Braga e têm-se dado ao cuidado de trazer lâmpadas
das zonas fora da cidade". Sobre a importância desta campanha,
Bernardo considera que "isto faz parte da cidadania e as pessoas
têm cada vez mais que se convencer e mentalizar que temos que
contribuir, por pouco que seja, para o bem-estar e preservar o
bom ambiente".
Ainda a respeito da importância actual desta iniciativa, Fátima,
do curso de Administração Pública, considera interessantes os
objectivos que servem de base à campanha e admite que "com boa
vontade acho que se consegue alcançar o pretendido, e toda a
gente devia aderir".
No entanto, há ainda os alunos que justificam a não adesão a esta
actividade com o facto de morarem com os pais, sendo estes que
tratam da separação de resíduos. Sobre esta questão, Ana Sofia,
de Ciências da Comunicação, afirma que a campanha é importante
porque vai mobilizar principalmente os "estudantes que moram sem
os pais", e que serão estes alunos que ficarão mais
sensibilizados para esta questão, uma vez que "se são mais
independentes".
As questões ambientais e a reutilização de recursos são, de
facto, um assunto de grande importância actual. Tudo isto para
que, nas palavras de Lídia Parente, "não haja esse desperdício, e
possa haver um aproveitamento que seja bom para o ambiente e para
a população em geral". Fica então o apelo e incentivo à
participação que se prolongará na Universidade do Minho.
Texto:Francisca Fidalgo