O portfolio de tecnologias patenteadas da Universidade do Minho foi recentemente alargado com a concessão de mais uma patente relativa a uma Matriz de Imagem de Raios-X com guias de luz e sensores de pixel inteligentes, a qual tem como principais inventores os professores Gerardo Rocha e Senentxu Lanceros-Méndez, dos Departamentos de Electrónica Industrial e Física, respectivamente.
A transferência para o mercado de resultados de investigação com
elevado potencial é uma clara prioridade na UM, e proteger a
propriedade industrial desses resultados através de uma patente
permite não apenas garantir a sua autoria, de forma a impedir
cópias, mas também avaliar do real efeito inovador da invenção.
Efectivamente, um pedido de patente só é concedido após uma
comparação exaustiva do seu carácter inovador e inventivo
relativamente a todo o estado-da-arte existente a nível
internacional. Esta é uma ferramenta importantíssima na
salvaguarda quer dos direitos da Universidade quer da
oportunidade de negócio da empresa que pretenda explorar esta
tecnologia comercialmente.
A patente (PT103370), concedida a 8 de Janeiro, protege um
sistema de diagnóstico radiográfico avançado baseado numa
combinação inovadora de detectores CMOS (Complementary Metal
Oxide Semiconductor
), electrónica de leitura para cada
pixel, transferência de dados para o PC e cintiladores embebidos
em camadas reflectivas, que formam guias de luz. Este sistema de
imagem de raios-x digital, particularmente apropriado para
radiografia dental, proporciona excelente portabilidade, alta
resolução espacial, sensibilidade melhorada, significativa
redução da dose de operação e redução dos custos de produção,
quando comparado com dispositivos similares disponíveis no
mercado. O mesmo conceito poderá ser também aplicado em outro
tipo de painéis, com o objectivo de substituir outros processos
de imagem de raios-x. O Instituto Nacional de Propriedade
Industrial (INPI) permitiu através do Programa de Sistemas de
Incentivos à Utilização da Propriedade Industrial (SIUPI) o
desenvolvimento de um protótipo já próximo das necessidades do
mercado, de forma a reduzir o risco na transferência desta
tecnologia para um contexto industrial, o que permitirá
certamente acelerar a identificação de parceiros para a sua
exploração, actividade na qual a TecMinho apoia a Universidade do
Minho no âmbito da sua missão de apoio à valorização do
conhecimento gerado na Universidade.