A UMinho abriu oficialmente as portas aos Novos Alunos numa cerimónia de Boas-vindas que decorreu no passado dia 22 de Setembro, no Pavilhão Desportivo no Campus de Gualtar. A Sessão ficou marcada por um ambiente festivo, protagonizado por milhares de novos alunos que experienciaram o primeiro de muitos momentos de euforia que terão durante esta nova fase da sua vida.
A sessão de abertura oficial do ano lectivo 2008/09, presidida
pelo reitor da UMinho, Guimarães Rodrigues contou ainda com a
presença de algumas das figuras mais ilustres da academia
minhota, entre eles Pedro Soares, presidente da Associação
Académica da Universidade do Minho (AAUMinho) e Rui Jorge, Papa
da academia, que deram as boas vindas aos novos alunos.
No apoio e comando dos mais de 2000 ''caloiros'' estavam algumas
centenas de alunos "seniores" que encheram por completo as
bancadas do Pavilhão e ajudaram à festa. Todos juntos entoaram
cânticos e gritos de ordem, compondo um barulho ensurdecedor mas
alegre, que será inesquecível para estes novatos.
Esta foi sem dúvida uma das mais participadas cerimónias de
acolhimento de sempre, com uma organização exemplar e muitos
deles com fardas muito originais.
A cerimónia abriu com a actuação dos Bomboémia, que animaram
ainda mais os já animados caloiros, de seguida o hino da academia
pôs em sentido todos os presentes.
Guimarães Rodrigues, no seu discurso deixou-se contagiar pelo
ambiente, falando da necessidade da participação de todos, alunos
e docentes, que devem estar ligados por um mesmo objectivo que é
edificar o projecto que é a Universidade para que todos vejam as
suas expectativas realizadas.
Apesar disso, Guimarães Rodrigues não deixou passar a
oportunidade para falar aos novos alunos sobre as dificuldades
que atravessa o ensino superior, culpabilizando o governo de José
Sócrates pela sua política de não responsabilização dos actos de
gestão das instituições de ensino superior público. Para o reitor
a afirmação do primeiro-ministro de que "não faltará nada às
Universidades", não deve ser a forma de gestão. Como refere
"Trabalhar no sentido de que o que faltar no fim, alguém virá
acudir, não é indutor de incentivos à responsabilização, nem é
forma de gestão responsável".

Num discurso virado para os novos alunos, Guimarães Rodrigues
falou ainda das responsabilidades que a Universidade tem perante
eles referindo que esta "deve ser capaz de vos facultar um
ambiente fértil para a vossa formação, e para o vosso
desenvolvimento como cidadãos livres, responsáveis, críticos,
tolerantes, e competentes para melhor construírem o futuro que
será o vosso". O chamamento à responsabilidade e sentido crítico
foi também para os jovens que agora iniciam a sua vida académica,
o Reitor diz que "Sem os estudantes não há Universidade", mas que
estes devem ter os olhos bem abetos para os problemas em seu
redor, não lhe dar importância demais mas "também não os devem
ignorar como se fossem meros espectadores". A mensagem de
Boas-vindas terminou com um incentivo, tomando estes alunos como
privilegiados por terem entrado nesta academia, algo que foi
conseguido com o esforço de cada um, mas que agora mais que nunca
terão de ter capacidades e força para terminar o que agora
iniciam.

Aos estudantes seniores, o reitor agradeceu a sua participação na
construção da universidade e no acolhimento e acompanhamento dos
novos estudantes.
Também Pedro Soares, presidente da AAUMinho, tomou da palavra
para se referir à academia minhota como "a melhor universidade do
país". Foram sobre a qualidade da UMinho as primeiras palavras do
dirigente académico, referindo que "vão encontrar aqui tudo o que
necessitam e de grande qualidade". Infra-estruturas, cursos
adaptados a Bolonha, aceitação no mercado de trabalho foram
alguns dos compromissos assumidos.
Pedro Soares, pretende com o seu discurso que os estudantes não
olhem para a Universidade apenas como um lugar de estudo e
conhecimento, mas que aproveitem tudo o que esta lhes oferece
"estar numa universidade é aprender a conviver. É criar amizades.
(?) É participar na vida académica (?)".
Quanto ao papel da AAUMinho, o dirigente referiu que esta "estará
sempre empenhada em que vocês adquiram uma formação melhor e mais
completa do que aqueles que já saíram".
O objectivo da associação será que com metodologias activas de
educação não-formal, os alunos façam parte de um projecto que
diminua o abandono e promova o seu sucesso escolar.
Pela primeira vez nesta cerimónia uma representante dos novos
alunos falou também aos colegas, Sofia Ferreira, do curso de
Engenharia Biológica, referiu-se à Universidade do Minho como "a
melhor academia do país", onde quer crescer e vingar na sua área.
Lançou o alerta para a caminhada nem sempre fácil, mas que conta
com o apoio de toda a academia para transpor todos os obstáculos.
Texto: Ana Marques
Fotografia: Nuno Gonçalves