As XIª jornadas do curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Minho (UMinho) tiverem lugar, nos dias 1 e 2 de Abril, no Auditório B1 do CP2, com o tema "Verdade ou Consequência" como pano de fundo.
O colóquio abriu com a pergunta: o jornalismo é manipulação? À
mesa, o jornalista do Expresso, Carlos Rodrigues Lima, o repórter
da RTP, José Pedro Pereira, o director adjunto do jornal Público,
Manuel Carvalho, e director da TSF, Paulo Baldaia, discutiram o
tema sob a moderação do docente de Jornalismo da UMinho, Manuel
Pinto.
As actividades prosseguiram com a apresentação do livro, O
jornalista em Construção, da autoria do também professor de
jornalismo da UMinho, Joaquim fidalgo.
Durante a tarde, o jornalismo deu lugar às duas outras
vertentes do curso, Publicidade e Multimédia. A realidade ou
cosmética nas empresas e o desenvolvimento de videojogos e
ambientes interactivos foram os títulos dos painéis apresentados.
O primeiro dia fechou com uma exibição de curtas-metragens no
estaleiro cultural Velha-a-Branca. O segundo dia das jornadas de
Ciências da Comunicação prosseguiu com a orgânica do dia
anterior. O primeiro painel do dia foi dedicado ao audiovisual.
Intitulado "Pós-produção ou Efeitos Visuais", este painel foi
moderado pelo docente da área, Ângelo Peres, e nele falaram o
director criativo da Dreamlab, Diogo Valente e o realizador da
Showoff-Films, Luciano Ottani.
O tema seguinte foi "A marca Portugal". Falando para os
estudantes, o autor do livro "Portugal genial", Carlos Coelho
afirmou que "um país não é uma marca. Uma marca de um país é, por
exemplo, a sua identidade".
Na parte de tarde discutiu-se o profissional de comunicação. No
terceiro painel do dia o "novo perfil" desse profissional e na
última conferência das jornadas antigos alunos do curso
partilharam as suas experiências e as consequências que o curso
teve no percurso de cada.
De noite, a partilha por parte dos ex-alunos continuou, em
conversa informal, na Velha-a-Branca. Em média, o auditório que
recebeu as jornadas de comunicação teve à volta 80 espectadores.
A excepção foi o painel de jornalismo que teve lotação esgotada.
"A afluência foi positiva, dentro daquilo que costuma acontecer
em anos anteriores. Ainda assim, esperamos sempre que todos os
alunos compareçam na actividade, mas analisando comparativamente
com anos anteriores, acho que os alunos vieram mais às Jornadas
este ano", afirmou a presidente do GACSUM, Cláudia Lomba.
O objectivo da iniciativa passava por tentar "contribuir para a
aprendizagem dos estudantes, porque lhes proporciona uma maneira
diferente de contactar com os saberes", acrescentou a responsável
do GACSUM.
No entender da Presidente do Conselho Fiscal daquele grupo de
alunos, Marisa Ribeiro, "as jornadas melhoraram face ao ano
passado. O facto de haver alguns painéis apenas com dois
convidados acabou por permitir que estes falassem mais".
Texto: Carlos Daniel Rego e José Ribeiro