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Academia, 28.02.2008
Alunos da Uminho de acordo com a nova lei anti-tabaco
UMinho
Os estudantes da Universidade do Minho (UMinho) encontram-se em sintonia quando se referem à nova lei anti-tabaco. O consenso em torno da lei é absoluto, tanto para fumadores como para não fumadores, que pensam que a aplicação e o respeito pela lei deve ser inerente a toda a gente, tanto para os fumadores como para os estabelecimentos comerciais.
Estudante Não Fumador - Carlos Rodrigues - aluno do Mestrado em Educação de Adultos e Intervenção Comunitária
Qual a tua opinião sobre a nova legislação antitabagismo (Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto)?
Estou de acordo com esta nova Lei, apesar dos inúmeros transtornos que possa causar nos fumadores activos.
No que concerne esta nova Lei, tens notado alterações nos espaços comuns da UM?
Sim tenho, principalmente nos complexos pedagógicos.
Sobre a controvérsia desta legislação, considera ser uma boa medida ou acha ser excessivamente zelosa?
Acho ser uma boa medida na medida em que visa a protecção de todas as pessoas que são "vitimadas" pelas sucessivas inalações de fumo das outras pessoas.
Já deparaste com alguma situação mais incómoda desde da entrada em vigor desta legislação?
Talvez com a sucessiva perda de clientes no que diz respeito aos cafés e bares, o que prejudica bastante o negócio destas pessoas.
A Lei, entre várias coisas, prevê multas para infractores. Achas que isto pode criar um clima de perseguição ou de denúncia em relação aos fumadores/espaços?
Penso que não, até porque até ao momento, penso que grande parte das pessoas tem respeitado a lei.
Sendo não fumador, acha que esta Lei vai levar muita gente a deixar de fumar?
Penso que não, apesar de ter alguma esperança em que pudesse reduzir bastante a taxa de fumadores no nosso país.
Estudante Fumador - João Monteiro - aluno da Licenciatura em Tecnologias e Sistemas de Informação
Qual a tua opinião sobre a nova legislação antitabagismo (Lei n.º 37/2007, de 14 de Agosto)?
Mesmo sendo fumador, esta nova legislação não exerceu grande influência nos meus hábitos diários, uma vez que me é relativamente fácil aceder a espaços onde me seja permitido fumar e, por outro lado, já me encontrava conformado com o facto de não poder fumar em certos espaços.
No que concerne esta nova Lei, tens notado alterações nos espaços comuns da UM?
Não. Como estudante do pólo de Guimarães, confesso que não registo qualquer tipo de alterações, pois quer as zonas onde era permitido fumar quer aquelas em que não era, antes da nova legislação antitabagismo, são exactamente as mesmas.
Sobre a controvérsia desta legislação, considera ser uma boa medida ou acha ser excessivamente zelosa?
Pelo que já referi anteriormente, na medida em que não considero que a nova Lei me submeta a grandes privações não creio poder formular um juízo ponderado acerca desta questão.
Já deparaste com alguma situação mais incómoda desde da entrada em vigor desta legislação?
Talvez em relação aos proprietários de alguns estabelecimentos, pois já notei um certo "esforço" de alguns deles em contornar a Lei.
A Lei, entre várias coisas, prevê multas para infractores. Achas que isto pode criar um clima de perseguição ou de denúncia em relação aos fumadores/espaços?
Sim. Tanto como em relação a qualquer outro tipo de infracção punível.
Sendo fumador, consideraria deixar de fumar devido às restrições que esta Lei tem criado?
Considerar deixar de fumar não, contudo a verdade é que, de certa forma, me sinto mais consciencializado do incómodo que o fumo possa provocar aos não fumadores e, na tentativa de respeitar mais a liberdade destes, noto que reduzi a média diária de consumo de tabaco desde a entrada em vigor desta nova Lei.
Texto: Alexandre Carvalho
Arquivo de 2008