Teve lugar, na passada sexta-feira, dia 4 de Janeiro, no Auditório dos Congregados, em Braga, a tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação de Estudantes de Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian (AE ESECG). O novo presidente da direcção, Carlos Gonçalves, sucedeu, deste modo, ao anterior dirigente da associação e secretário da Federação Nacional de Estudantes de Enfermagem (FNAEE), Ângelo Ferreira.
Na cerimónia oficial, que contou com a presença da Presidente da
Escola Superior de Enfermagem (ESE), Beatriz Araújo e da
pró-reitora, Irene Montenegro, em representação do Magnífico
Reitor da Universidade do Minho (UM), Guimarães Rodrigues,
tomaram também posse Ana Miranda e Sílvia Caldas,
respectivamente, das presidências da Assembleia Geral e do
Conselho Fiscal.
Durante o discurso de consagração, Carlos Gonçalves agradeceu a
todos aqueles que confiaram o seu voto no acto eleitoral,
decorrido a 19 de Dezembro, e relembrou ainda algumas das frentes
nas quais os alunos de enfermagem da ESECG se têm batido nos
últimos tempos, nomeadamente no que diz respeito ?à precariedade
dos alunos em ensino clínico e do recém-licenciado enfermeiro
que, face à visão economicista do mercado de trabalho, enfrenta o
desemprego".
Da parte da reitoria e da ESE a resposta foi positiva. A
pró-reitora da UM adiantou que "quer a associação académica quer
as diversas associações e núcleos de alunos têm tido um papel
muito participado na promoção do prestígio da nossa casa" e que
por isso a AE ESECG pode "continuar a contar com a reitoria",
pois a mesma certamente apoiará todas as vossas iniciativas",
acrescentou.
Carlos Gonçalves, o novo presidente da AEESECG
A presidente da ESE, Beatriz Rodrigues Araújo, também se mostrou
disponível para colaborar com os novos membros da associação, não
esquecendo "o esforço, o sentido de responsabilidade e a
dedicação" da antiga equipa associativa, salientando ainda que o
"dinamismo imprimido no último mandato se repercutiu numa escola
viva".
E foi precisamente o representante do último mandato, Ângelo
Ferreira, que, na altura da passagem simbólica da pasta da
direcção, deixou as mais duras críticas. Ângelo Ferreira fez
notar, perante o auditório, que "no momento actual assistimos a
uma perda de fulgor do movimento associativo e a uma diminuta
intervenção dos alunos nos palcos de discussão, deixando tantas
vezes as decisões para outros". Nesse sentido, o ex-responsável
pela AE ESECG lamentou ainda "o estatuto de parente pobre que a
Enfermagem tem no seio da UM", e, enquanto presidente cessante,
não quis deixar de passar a mensagem: "Espero que a pequena
representatividade da nossa associação de estudantes não seja um
obstáculo a grandes empreitadas".
Alunos de Enfermagem longe de Gualtar
Outros dos temas abordados durante a tomada de posse foi a
construção da nova escola de Enfermagem em Gualtar e o
consequente afastamento dos alunos de Enfermagem daquele
campus
da UM. O novo edifício já tem um lugar
determinado junto à Escola de Ciências da Saúde, todavia as obras
ainda não estão concluídas, permanecendo aquela escola
temporariamente no edifício dos Congregados, na Avenida Central.
Deste modo, o recém-eleito presidente da direcção da AE ESECG
lembrou que "a paragem indeterminada da escola de enfermagem" no
campus
de Gualtar "não pode ser esquecida, sendo este
mais um passo de integração na UM".
Pró-Reitora da UMinho, Irene Montenegro
Ainda antes de o assunto ser abordado por Carlos Gonçalves, a
pró-reitora tinha já realçado o facto de existirem ainda "alguns
problemas, por parte dos estudantes desta escola". Irene
Montenegro, explicou aos futuros enfermeiros que "se houvesse
verba, nós [a reitoria] seríamos os primeiros a querer construir
a escola?. Ficou a promessa: "podem ter a certeza que faremos
tudo que estiver ao nosso alcance para que essas dificuldades de
distanciamento sejam ultrapassadas", concluiu.
De lembrar que a ESECG foi integrada na UM em 2004, depois de um
processo que decorria desde 1998. Dessa integração resultou
também uma alteração dos estatutos da AE ESECG que aguardam
publicação e que resultará, entre outros aspectos, na
implementação da designação Universidade do Minho (UM) no nome
daquela associação estudantil.
Texto: Carlos Daniel Rego
Fotografia: Nuno Gonçalves