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Academia, 04.01.2008
Carlos Gonçalves tomou posse da direcção da AEESECG
Braga
Teve lugar, na passada sexta-feira, dia 4 de Janeiro, no Auditório dos Congregados, em Braga, a tomada de posse dos novos órgãos sociais da Associação de Estudantes de Escola Superior de Enfermagem Calouste Gulbenkian (AE ESECG). O novo presidente da direcção, Carlos Gonçalves, sucedeu, deste modo, ao anterior dirigente da associação e secretário da Federação Nacional de Estudantes de Enfermagem (FNAEE), Ângelo Ferreira.
Na cerimónia oficial, que contou com a presença da Presidente da Escola Superior de Enfermagem (ESE), Beatriz Araújo e da pró-reitora, Irene Montenegro, em representação do Magnífico Reitor da Universidade do Minho (UM), Guimarães Rodrigues, tomaram também posse Ana Miranda e Sílvia Caldas, respectivamente, das presidências da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal.
Durante o discurso de consagração, Carlos Gonçalves agradeceu a todos aqueles que confiaram o seu voto no acto eleitoral, decorrido a 19 de Dezembro, e relembrou ainda algumas das frentes nas quais os alunos de enfermagem da ESECG se têm batido nos últimos tempos, nomeadamente no que diz respeito ?à precariedade dos alunos em ensino clínico e do recém-licenciado enfermeiro que, face à visão economicista do mercado de trabalho, enfrenta o desemprego".
Da parte da reitoria e da ESE a resposta foi positiva. A pró-reitora da UM adiantou que "quer a associação académica quer as diversas associações e núcleos de alunos têm tido um papel muito participado na promoção do prestígio da nossa casa" e que por isso a AE ESECG pode "continuar a contar com a reitoria", pois a mesma certamente apoiará todas as vossas iniciativas", acrescentou.
Carlos Gonçalves, o novo presidente da AEESECG
A presidente da ESE, Beatriz Rodrigues Araújo, também se mostrou disponível para colaborar com os novos membros da associação, não esquecendo "o esforço, o sentido de responsabilidade e a dedicação" da antiga equipa associativa, salientando ainda que o "dinamismo imprimido no último mandato se repercutiu numa escola viva".
E foi precisamente o representante do último mandato, Ângelo Ferreira, que, na altura da passagem simbólica da pasta da direcção, deixou as mais duras críticas. Ângelo Ferreira fez notar, perante o auditório, que "no momento actual assistimos a uma perda de fulgor do movimento associativo e a uma diminuta intervenção dos alunos nos palcos de discussão, deixando tantas vezes as decisões para outros". Nesse sentido, o ex-responsável pela AE ESECG lamentou ainda "o estatuto de parente pobre que a Enfermagem tem no seio da UM", e, enquanto presidente cessante, não quis deixar de passar a mensagem: "Espero que a pequena representatividade da nossa associação de estudantes não seja um obstáculo a grandes empreitadas".
Alunos de Enfermagem longe de Gualtar
Outros dos temas abordados durante a tomada de posse foi a construção da nova escola de Enfermagem em Gualtar e o consequente afastamento dos alunos de Enfermagem daquele campus da UM. O novo edifício já tem um lugar determinado junto à Escola de Ciências da Saúde, todavia as obras ainda não estão concluídas, permanecendo aquela escola temporariamente no edifício dos Congregados, na Avenida Central.
Deste modo, o recém-eleito presidente da direcção da AE ESECG lembrou que "a paragem indeterminada da escola de enfermagem" no campus de Gualtar "não pode ser esquecida, sendo este mais um passo de integração na UM".
Pró-Reitora da UMinho, Irene Montenegro
Ainda antes de o assunto ser abordado por Carlos Gonçalves, a pró-reitora tinha já realçado o facto de existirem ainda "alguns problemas, por parte dos estudantes desta escola". Irene Montenegro, explicou aos futuros enfermeiros que "se houvesse verba, nós [a reitoria] seríamos os primeiros a querer construir a escola?. Ficou a promessa: "podem ter a certeza que faremos tudo que estiver ao nosso alcance para que essas dificuldades de distanciamento sejam ultrapassadas", concluiu.
De lembrar que a ESECG foi integrada na UM em 2004, depois de um processo que decorria desde 1998. Dessa integração resultou também uma alteração dos estatutos da AE ESECG que aguardam publicação e que resultará, entre outros aspectos, na implementação da designação Universidade do Minho (UM) no nome daquela associação estudantil.
Texto: Carlos Daniel Rego
Fotografia: Nuno Gonçalves
Arquivo de 2008