Esta investigação evidencia, através da revisão de literatura, as potencialidades de aprendizagem dos videojogos.

Para além disso, foram efectuados dois estudos:

i) o primeiro, com o objectivo de conhecer o trabalho das editoras ligadas ao sector educativo e as suas perspectivas acerca dos videojogos e a aprendizagem;

ii) o segundo, com o objectivo de conhecer hábitos e preferências dos alunos do 9º ano relativamente também aos videojogos.

Foram elaborados dois questionários para a recolha de dados: um para as editoras, enviado por e-mail, e outro para os alunos, preenchido online.

Os dados obtidos permitiram concluir que as editoras (N=7) têm investido nos jogos educativos, mas nem sempre os resultados foram os esperados. Apesar das dificuldades, as editoras encontram-se a fazer os seus investimentos, ou estão a pensar fazê-lo, e acreditam que esta área terá um grande desenvolvimento.

No que concerne aos resultados obtidos através do estudo feito com os alunos (N=260), constatou-se que 57,3% joga com frequência (8,5% nunca jogou e 34,2% joga raramente) e dedica a esta actividade, em média, por dia, cerca de 1 hora e 30 minutos (as raparigas, 43 minutos; os rapazes, 1 hora e 50 minutos) e gosta de jogos desafiantes. Os alunos consideram que se pode aprender com os videojogos, mesmo com aqueles que são de futebol ou de corridas, tendo um sujeito mencionado que com um videojogo aprende-se a ''nunca desistir do nosso objectivo''.

Jogam sozinhos mas também gostam de jogar em grupo, presencialmente ou através da Internet. Sobre a inclusão de jogos em contexto de escolar, consideram que a sua utilização tornaria as aulas mais interessantes e que os alunos ficariam mais motivados para aprender.

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