Decorreu no passado dia 21 de Junho, o Workshop de apresentação do Programa Energético da UMinho (PEUM) e Plano a Curto e Médio Prazo da UMinho para a Energia e o Ambiente (PCM-E).
Nesta acção estiveram presentes para além do Pró-reitor João
Monteiro, os elementos que vão constituir a ''Agência UM
para a Energia e o Ambiente''(AUMEA),
comissão que terá como função promover o cumprimento do PEUM e do
PCM-E, coordenar todas as actividades da UM na área da energia e
do ambiente, zelando pela sua convergência para o PEUM e o PCM-E
e mantendo um olhar atento sobre tudo o que se passa de relevante
no domínio da energia.
A plateia formada em
grande parte por pessoas ligadas à energia e ambiente promoveram
a discussão dando opiniões e propondo algumas soluções para que
os objectivos de colocar rapidamente a UM numa posição de
referência na área da energia e do ambiente e desenvolver na UM
uma visão sobre a política energética nacional sejam atingidos.
A UMinho pretende ser uma instituição de referência no domínio da
Energia e do Ambiente, surgindo o trabalho agora apresentado como
o meio para que esse fim seja atingido, por isso foi solicitado
que fossem identificadas oportunidades e se estabelecessem
estratégias e acções neste campo. Numa primeira fase, a UMinho
pretende destacar-se na procura de soluções para o problema
energético a nível nacional e ser nesse domínio uma instituição
de referência.
Como foi referido pelo Eng. Renato Meireles, elemento
constituinte da Agência, ''o problema de Portugal é
principalmente de eficiência energética'' sendo que o que se deve
procurar é a eficiência e racionalidade, sendo a falta destas
responsável pela poluição que tanto nos angustia.
Deste Workshop puderam retirar-se ilações muito importantes. Foi
referido que na UMinho existe um vasto conhecimento sobre esta
temática, sendo que este não é depois absorvido, ou seja, não se
passa do conhecimento à prática, não se transforma o conhecimento
em produtos e utilidades para o país. Em Portugal e na UMinho o
conhecimento sobre energia é extenso e suficiente, pelo menos em
certos domínios, mas do ponto de vista ''tecnológico'' e do ponto
de vista ''da capacidade industrial'' Portugal está muito
atrasado.

Outra das conclusões é que a UMinho deveria passar a sua imagem
para o exterior. Externamente a UMinho é conhecida apenas no
domínio da bioenergia, embora interiormente se saiba do vasto
conhecimento existente, esta imagem não ultrapassa os ''muros'' e
é na área da energia e ambiente uma perfeita desconhecida. A
passagem da imagem para o exterior é essencial, temos o Know How
e é preciso que o nosso país e empresas saibam disso para que não
se continue a importar conhecimento quando o temos ''dentro de
portas''.
A agência pretendeu com esta apresentação que toda a comunidade
faça parte deste plano, que participem, dêem sugestões, que sejam
colocados módulos dentro das unidades curriculares sobre esta
temática.
Em Portugal não existe um ''Plano Energético Nacional'', no
sentido dum plano coerente e estruturante e a UMinho pretende que
a agência interfira no plano Energético nacional, que tenha um
papel interventivo na definição das políticas, na avaliação e
implementação de soluções. Pretende-se levar a UMinho a pensar e
agir sobre os problemas.
Este projecto a iniciar-se agora será um processo de construção
contínuo, algo que não está claramente definido, mas estará em
permanente adaptação. Ao final de um ano haverá uma avaliação
sobre o seu desenvolvimento, a qual contará com a colaboração de
todos os entendidos que pretendam contribuir.
Ana Marques
anac@sas.uminho.pt