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Após dois dias de chuva, o Gatódromo encheu, ao terceiro dia,
para assistir ao concerto dos The Gift. A banda cabeça-de-cartaz,
vencedora de um globo de ouro, em 2007, e premiada com a MTV
Europe Award Best Portuguese Act, em 2005, conseguiu cativar os
estudantes minhotos. A Augustuna e os portuenses, X-Wife,
precederam a banda de Alcobaça e também contaram com uma boa
assistência.
«Fácil de entender quem são os the Gift, quem foram, quem
são e o que querem ser»
Os portugueses The Gift, na música há treze anos, «têm uma
entrega total a cada um dos espectáculos» e a actuação no Enterro
da Gata ?07 não fugiu à regra. A actuar para os estudantes, «um
público-alvo importantíssimo para qualquer banda como os The
Gift», o conjunto encabeçado por Sónia Tavares proporcionou um
espectáculo «mais baseado nos singles». Fácil de Entender,
Music
ou 11:33
são alguns dos exemplos.
Durante uma hora e dez «as pessoas conseguem cantar as nossas
letras», explicou Nuno Gonçalves.«Um dos segredos dos é mudar
sempre um bocado as coisas. Nós mudamos de dia para dia o
alinhamento», acrescentou.
A promover o álbum Fácil de Entender
, os The Gift partem
agora à procura do mercado internacional. Os objectivos passam
por entrar em Espanha e mais tarde no Brasil. «Sabemos que na
música hoje não deverão existir fronteiras. Existe um mundo
global, existem gostos comuns, existem diferentes públicos. Os
piores e os melhores», pode ler-se no blog oficial da banda.
«Somos uma boa alternativa para as queimas»
«É bom tocar na queima das fitas porque chegas a muita gente e
principalmente a um público mais jovem», foi assim que João
Vieira e Fernando Sousa, dos X-Wife, descreveram a sua
participação no Enterro da Gata. A banda rock subiu ao palco
ainda com pouca gente no recinto, mas à medida que o concerto foi
evoluindo o público foi aparecendo, chamado pelos sons fortes e
apelativos do conjunto.
Apesar de serem uma banda pouco conhecida pelo público em geral,
os X-Wife deram ?o litro?, durante cerca de uma hora, e talvez
por isso muito dos presentes ficaram impressionados com a banda
que lá fora já faz furor. «Uma banda faz-se muito ao vivo, mais
do que em disco».
Despreocupados «com o mainstream»,
os X-Wife lembraram
um concerto que deram na recepção ao caloiro da Universidade do
Minho há dois anos. «Esse concerto foi especial porque foi o
último concerto que tocamos com uma caixa de ritmos, mas agora
estamos com bateria é uma coisa completamente diferente». Por
fim, a banda deixou um apelo aos responsáveis pela organização
deste tipo de eventos académicos. Nas queimas das fitas «é
importante dar oportunidade a coisas mais alternativas», já que
«tocam sempre as mesmas bandas».