Fotos disponiveis
online na
Galeria BIG
No dia em que toda uma Academia em festa desfila pelas ruas da
nossa Bracara Augusta, a noite foi pequena para tanta alegria,
diversão e ?música popular?. Com o gatódromo a abarrotar pelas
costuras, Leonel Nunes e Quim Barreiros, mostraram o porquê de a
Quarta-Feira ser o dia mais animado de todo o Enterro. Sempre com
muita boa disposição à mistura, estes dois interpretes mantiveram
os estudantes minhotos em ?rotação máxima?, até ser chegada a
hora de rumar às tendas e às barraquinas de curso.
Leonel Nunes: música ?p?ra pular?
A ?noite pimba?, como já é conhecida agradou a gregos e a
troianos, pois os artistas convidados estiveram muito acima do
esperado pelo público.
Leonel Nunes entrou em palco acompanhado pelo seu garrafão de
5litros, como não podia faltar, e contagiou todos com a sua boa
disposição e discurso improvisado.
O ?Homem do garrafão? como é apelidado, sentiu-se muito próximo
do público e muito satisfeito com o calor humano que os
estudantes minhotos lhe proporcionaram.
Leonel Nunes afirma que gosta ?muito de actuar em festas
académicas, porque adoro a juventude?
Diz que a sua ?fonte de inspiração é o vinho, o melhor amigo que
podemos ter, seja verde ou tinto?.
Cantou temas como a ?Mulher Ingrata?, ?Porque não tem talo o
nabo? e ?Tosca o meu badalo?, algumas das músicas que o tornaram
conhecido.
Há trinta anos que Leonel põe todo o país a cantar e a bater o
pé, seja Queima ou Romaria, nada lhe escapa. Em tom de
brincadeira, Leonel Nunes diz que ?a sua música não é popular,
mas sim p?ra pular?.
De tricórnio posto e garrafão na mão, não houve quem tivesse
ficado com o pé no chão.
Quim Barreiros, mais que uma tradição
Quim Barreiros quase que dispensa apresentações. Um
cantor
popular
português
que toca
acordeão
,
conhecido pelas suas
letras
de duplo sentido.
Qualquer bom estudante sabe que não há Queima sem Quim e o
Enterro da Gata não é excepção.
Apelidado de o ?Rei das Queimas?, o Quim Barreiros foi fiel à
tradição e animou, mais uma vez, a noite de quarta-feira. A
alcunha não agrada ao artista pois ?há quem me chame tudo, até
nomes feios! Mas tenho que ter cabedal para isso tudo?.
O cantor adora o público jovem e diz que até se sente mais novo
ao ver os seus concertos transformados em arraiais.
Temas como ?A garagem da vizinha?, ?A cabritinha?, ?A padaria?,
?Chupa Teresa? e ?Bacalhau à portuguesa? nunca são esquecidos nos
seus concertos e nesta noite em especial, serviram de estímulo a
um público desgastado com o cortejo realizado nessa tarde.
Em relação a futuros projectos, Quim Barreiros vai continuar fiel
ao estilo de música popular, pois ele é o verdadeiro ícone da
música portuguesa, com o bigode e acordeão.
Este dia foi marcado pelo lançamento do seu novo trabalho, um
tanto diferente daquilo a que já nos habituou, ?mas penso que a
malta vai gostar?, refere feliz Quim Barreiros.
No final, o cantor deu-nos o segredo do seu sucesso, ?temos de
acreditar sempre, e eu acreditei?. Pediu ainda para o deixarem
?andar cá mais uns aninhos?.