Os serviços Técnicos da UM (ST) apresentaram no passado dia 8 de Março o Plano de Imergência Interno (PEI) para o Campus de Gualtar. Uma breve apresentação aberta a toda a comunidade académica, que decorreu no B1 do CP2 frente a um composto auditório que pretendeu inteirar-se sobre as questões da segurança no Campus.
Presentes para esta primeira divulgação interna e com o intuito
de dar a conhecer todo o trabalho que
tem sido feito em prol da segurança da academia e de todos
aqueles que dela fazem parte, esteve a equipa dos ST que durante
os últimos 3 anos se empenhou no seu desenvolvimento. Com a
abertura e introdução a cargo da Dra. Helena Campos, responsável
dos ST, a apresentação do dossier propriamente dito ficou
incumbida à Dra. Joana Campos.
O Plano de Imergência Interno (PEI), que já foi apresentado à
Câmara Municipal de Braga, Governo Civil bem como às forças de
segurança, "consiste num conjunto de acções a realizar
ordenadamente para dar resposta a uma situação de emergência em
que a Universidade esteja envolvida".
Este plano surgiu com o objectivo de criar um documento prático e
progressivo que defina o comportamento da Universidade e em
particular, a conduta no Campus de Gualtar perante uma situação
de emergência interna, pois considera-se fundamental a informação
sobre as atitudes preventivas mais adequadas para evitar riscos
ou limitar os seus efeitos.
Este plano, que para já ainda se constitui como um plano global
para o Campus, será posteriormente completado por Planos de
Emergência específicos para cada escola, isto porque cada uma tem
especificidades próprias que requerem planos individuais.
Presentemente e como se pode verificar durante a Sessão de
Esclarecimento, ainda muita coisa está por fazer: edifícios que
ainda não constam do plano, reuniões com os responsáveis dos
edifícios ainda por realizar, equipas de emergência por
constituir, etc.
Este trabalho que está ainda em desenvolvimento e como referiu a
Dra. Helena Campos "é um trabalho que nunca estará terminado,
pois o Campos está em continua transformação e as adaptações do
plano à realidade da universidade em cada momento vão estar
sempre em curso. Deve ser revisto periodicamente e alterado
quando necessário".
Para breve esta equipa dos ST entrará
numa fase de reuniões com os responsáveis dos edifícios para
assim se efectuarem, "Planos Específicos das escolas onde
serão descritos em pormenor os locais que as constituem e
identificados e avaliados as suas condições de risco".
Pretende-se que o Campus tenha "um conjunto de medidas,
normas, missões e tarefas a adoptar em situações de emergência
(acidentes graves, catástrofes, ou calamidades), que ocorram no
interior das instalações, com a finalidade de minimizar as suas
consequências e socorrer as pessoas em perigo".
Após a execução dos Planos específicos e para cada espaço do
Campus, pois para além das escolas o Campus é composto por outros
espaços como, o complexo desportivo, a cantina, bares,
restaurante, edifício dos SASUM, etc., que terão de ter também um
plano especifico. Será posteriormente realizado um plano de
informação, do qual constarão acções de formação, instrução e
treino de todos os que fazem parte da academia e que por isso
possam ser afectados por qualquer incidente. Esta é assim a razão
principal pela qual este plano está a ser elaborado, para que
todos possam ser informados de como deverão reagir frente a uma
eventual catástrofe.

O PEI tem assim como objectivos: - Definir a estrutura organizacional de emergência e
os meios humanos e materiais necessários;
- Melhorar a rapidez e eficiência de actuação em
situação de emergência;
- Estabelecer procedimentos e preparar o combate
rápido ao sinistro;
- Minimizar as consequências, dar protecção aos
trabalhadores e às instalações;
- Evacuação rápida e segura de todos os que se
encontram nas instalações em caso de ocorrência de uma
situação perigosa.
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O PEI foi elaborado para ser aplicado em situações de
riscos de origem natural
(sismo e inundação),
riscos originados pelo desenvolvimento
tecnológico
(incêndio ou explosão) e riscos
sociais
(ameaça de bomba, actividades desordeiras ou
terroristas), situações para as quais serão accionadas os
meios internos
(equipas de emergência interna)
ou os meios externos
(entidades externas a
contactar em situação de emergência), como por exemplo, Serviço
Municipal de Protecção Civil de Braga ou Bombeiros.
Em caso de situação de risco, foram estabelecidas Zonas
de Risco
no Campus (locais mais sujeitos à ocorrência de
incidentes), bem como Pontos Nevrálgicos
(locais
a atender em primeiro lugar em caso de risco) como, Biblioteca
dos Serviços de Documentação; Armazéns dos Serviços
Administrativos; Salas de Segurança; edifício dos ST; Grupo
Socorrido; Grupo de Bombagem da RIA; Arquivos Centrais; Salas do
GAED; Centrais de Comunicações.
O mais importante e o que se pretende das escolas é que os seus
responsáveis informem os ST, marquem reunião para os informarem
do que se encontra dentro das escolas, que tipo de materiais, o
que acontece quando há um derrame, têm que se conhecer esses
riscos para depois se poderem enquadrar nos cenários de
emergência traçados e na actuação a ter. "Temos realmente que
falar com as escolas e ver caso a caso",
disse Helena
Campos. Segundo esta responsável dos ST, "Serão
constituídas também brigadas especiais
em cada
escola, que deverão agir logo que algo ocorra, estas vão ser
constituídas atendendo à dimensão da própria da escola, pelo que
deve haver um número X de elementos por cada piso do edifício.
Estas serão constituídas por pessoas que conhecendo bem os
espaços possam auxiliar as brigadas gerais no seu trabalho".
Muito trabalho já foi feito e muito ainda está para fazer em
relação à segurança na UMinho. O PEI é um grande contributo para
isso, mas pelo que se pode verificar existe ainda um grande
caminho a percorrer para que se possa dizer que o Campus de
Gualtar está bem preparado para fazer face a eventuais situações
de risco.
Ana Marques
anac@sas.uminho.pt