Números do ano transacto não alcançados, mas estamos no bom caminho para se atingir a meta das 1500 dádivas em 06/07.
A Universidade do Minho (UMinho) através dos Serviços de Acção
Social da UMinho (SASUM) e a Associação Académica da Universidade
do Minho (AAUM), em cooperação com o Instituto Português do
Sangue (IPS) e Centro de Histocompatibilidade da Região Norte,
levaram a cabo mais uma colheita, desta vez no Campus de Azurém.
A organização pretendeu elevar bem alto o valor da vida,
sensibilizando novos dadores e não deixando passar em branco este
dia àqueles que já o fizeram uma, duas ou várias vezes, porque o
sangue e como nos referiu Julieta Marques do IPS ''precisamos
sempre de muito sangue, é algo que não se pode comprar por isso
dependemos sempre da boa vontade de todos os que queiram
contribuir e na UMinho verificamos que os jovens estão
mentalizados para esta causa. É gente descontraída, aberta ao
apelo e claro é disto mesmo que precisamos, sangue novo''.
Na academia minhota a ''onda'' de solidariedade apesar do
''senão'' que foi a realização da latada no mesmo dia e que
segundo Zizina Moreira da organização ''a realização da latada
hoje foi bastante mau para os nossos objectivos, queríamos
atingir novos máximos, mas assim vai ser difícil pois grande
parte do nosso público alvo principalmente os caloiros estão para
esta actividade e não vêm fazer a sua dádiva''. Mas mesmo assim
muitos foram aqueles que não quiseram deixar decontribuir. Uns
jovens e outros menos jovens iam chegando uns de cada vez,
demonstrando pelas conversas e pelas suas caras que estavam ali
pela causa, com alegria por poder contribuir para o bem de alguém
e pensando sempre no futuro pois um dia podem eles precisar. Uma
dessas pessoas foi, Octaviano Ferreira (Eng. Civil) ''vim cá
porque afinal não custa nada e é para o bem de todos nós. É a
minha segunda vez, ouvimos sempre dizer que o país tem falta de
sangue e por isso decidi cooperar. Para além de ajudar outros que
precisam de sangue para sobreviver, ao fazer esta dádiva sinto-me
bem comigo próprio''.

Entre os objectivos da organização estava incutir o hábito de
doar nos jovens mas também promover a fidelização dos que já
participaram nas edições anteriores, por isso se para alguns foi
a primeira vez, como foi o caso da Sara ''foi a primeira vez,
vinha com algum receio pois as agulhas fazem-me bastante
impressão, mas isto não dói nada e o que digo é que todos deviam
fazer a sua dádiva pois iam-se sentir muito melhor consigo
mesmos''. Para outros o acto de dar sangue é já um costume, entre
os reincidentes estava Rui Santos ''já estou habituado, já nem
sei bem quantas vezes já dei, mas foram algumas e sempre aqui na
UMinho''.
Em 05/06 e nesta primeira colheita a campanha registou a
participação de 189 dadores inscritos e 131 dádivas para análise
de medula, barreira quase alcançada com esta colheita que se
ficou pelas 186 Dádivas de Sangue e 75 dádivas para análise de
medula, mas que segundo a organização se espera ultrapassar na
próxima colheita, em Março próximo e com isso conseguir chegar às
1500 dádivas que são a meta traçada para este ano lectivo.
Hoje em dia, dar sangue é cada vez mais importante. Já não é uma
questão de obrigação, mas de responsabilidade para com o próximo.
O sangue é um bem escasso, fabricado apenas pelo ser humano, por
isso quem dele precisa, depende do gesto de cada um nós. Os
alunos da UMinho já conhecidos pelas brigadas que se deslocam à
academia como tendo uma mentalidade diferente, e como nos disse
uma das responsáveis pelas inscrições para a medula ''desta vez
as pessoas vêm muito melhor informadas''. Um desses casos de
dadores de medula foi Angélica ''Hoje não posso dar sangue mas
vim alistar-me como dadora de medula porque sei que há muita
gente que precisa e se eu poder ajudar é muito bom''.

A opinião era unânime entre os alunos, salvar vidas, ajudar o
outro, contribuir com a sua dádiva é o principal objectivo que
leva os estudantes da UMinho a dar sangue. Segundo a responsável
do IPSangue, Julieta Marques ''as organizações aqui na UMinho são
sempre muito boas, tanto aqui em Azurém como em Gualtar está
sempre tudo muito bem preparado, a nível de logística, espaço,
são excelentes, penso que por isso também o sucesso das suas
iniciativas''.
A UMinho, desde 2001 incitadora destas acções, tem sido uma
notável anfitriã, cedendo as suas instalações desportivas e
figurando como um excelente ''pulmão'' de ar para estas causas,
contribuindo com o melhor de si, sangue jovem, saudável,
activando no seu público sentimentos por vezes adormecidos,
procurando criar hábitos de doação da comunidade em que está
inserida.
A aliança entre as várias instituições e associações inseridas
tem já um longo historial, inicialmente apenas dirigidas para as
Dádivas de Sangue, em 2003 foi introduzida a Recolha de Sangue
para Análise de Medula, unindo-se em volta de um mesmo objectivo,
ajudar os outros. Um compromisso social que tem sido reforçado de
ano para ano com sucesso redobrado.
Em 2006/07 a meta a atingir são as 1500 dádivas de sangue, para
esse número contam já os resultados desta primeira colheita que
ao todo em Gualtar e Azurém vai com 638 dádivas, mas que no mês
de Março e já por resultados de outros anos espera-se que seja
melhor e assim que a meta seja realmente atingida.
Ana Marques