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Evento, Academia, De 29.01.2019 a 30.01.2019
Papel das emoções na política traz à UMinho especialistas de 15 países

O Centro de Ética, Política e Sociedade (CEPS) da Universidade do Minho organiza esta terça e quarta-feira, dia 29 e 30, a quarta edição do Colóquio sobre História da Filosofia Moral e Política. Subordinado ao tema “A Política das Emoções - Reflexão Histórica e Desafios Contemporâneos”, o evento junta mais de 40 especialistas de 15 países, incluindo dos EUA, Canadá, Brasil, Alemanha e Reino Unido.

A sessão de abertura realiza-se às 9h30, no auditório do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), no campus de Gualtar, em Braga. Conta com as intervenções de João Cardoso Rosas, presidente do ILCH, João Ribeiro Mendes, diretor do CEPS, além dos investigadores promotores Giuseppe Ballacci e Daniele Santoro. Ao longo dos dois dias destacam-se as sessões plenárias “Max Weber’s Political Thought and First Word War”, apresentada por Duncan Kelly, da Universidade de Cambridge, Reino Unido (dia 29, às 17h15), e “Does Democracy Induce or Reduce Lying?”, por Richard Bellamy, do Instituto Europeu Universitário, Itália (dia 30, às 17h15).

O programa integra ainda palestras sobre a obtenção de consenso social através das emoções, por Luca Tenneriello, da Universidade de Roma Sapienza, Itália (dia 29, às 9h45), o papel das emoções na deliberação política e na tomada de decisão, por Bruno Serra, da Universidade da Beira Interior e do CEPS (dia 29, às 9h45), e a propaganda e a ética dos apelos emocionais, por Benedetta Romano, da Universidade Ludwig-Maximilians, Alemanha (30, às 15h00). Está também prevista uma sessão dedicada à análise dos discursos de ódio dos Presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro como forma de perceber melhor o surgimento da política de extrema-direita no continente americano, a cargo de Maurício Amaro, da Universidade do Porto (dia 30, às 15h00).

Esta quarta edição do Colóquio pretende explorar o papel histórico e normativo das emoções, dos sentimentos, das paixões e dos afetos no campo da política, dando a perceber como estas têm sido concebidas na história do pensamento político, qual o seu impacto no julgamento e na deliberação política e como estão na base da participação cívica, entre outras questões. “O referendo ao Brexit e as eleições presidenciais nos EUA, a ascensão de movimentos populistas e autoritários e o ressurgimento de movimentos independentistas na Europa e o desrespeito por factos objetivos na era da pós-verdade são exemplos de como as emoções moldaram a política nos últimos anos. As emoções tendem a catalisar a participação nas lutas políticas que levam à política partidária, influenciar a deliberação coletiva provocando reações negativas contra grupos específicos e promover a identificação acrítica com líderes políticos, desencadeando várias formas de despotismo”, afirma a organização. “Se, por um lado, os sentimentos conseguem motivar comportamentos tendenciosos e irracionais, também podem desempenhar um papel positivo na vida pública, forjando, por exemplo, laços de solidariedade em nome de princípios mais importantes, como a igualdade e a justiça”, acrescenta. O site oficial do evento é bragacolloquium.weebly.com.

Fonte: GCII

Arquivo de 2019